segunda-feira, 26 de maio de 2008

Devaneios da Madrugada... (5)

Enfim... o fim!

Há uma semana finalizei a reescrita de NECRÓPOLIS – A Travessia da Fronteira das Almas, às 03h12 da madruga, num domingo de 19 de maio de 2008, de pouco frio e brisa sombria.
Há exatos 3 anos, também em 19 de maio, só que no ano de 2005, eu iniciava a escrita de NP, que hoje gosto de chamar de “versão-antiga” ou o popular “esboço”.
Naquela época eu havia finalizado o livro em outubro do mesmo ano e começado a postar os trechos pelo Orkut.
Em setembro de 2006 iniciava o segundo livro (que já tem um título desde aquele ano, mas ainda não posso revelar) e naquele mês também criava este blog – que fará 2 anos em breve.

Na primeira semana de fevereiro de 2007, eu enviava NP para a leitura-crítica de Antonio Luiz, que gosto de repetir ser um dos maiores especialistas em literatura de Fantasia no país. Em tal ocasião, ele leu o livro, apontou incoerências e outras opiniões – que, junto da minha vontade em querer criar novos conceitos para obra – me fez iniciar a reescrita do livro todo. Primeiro vieram às anotações, depois a pesquisa da pesquisa do que seria a pesquisa inicial.
Parece complicado? Pois foi, devo admitir...

Estudei um pouco sobre Exorcismo e Tarô, foram fases difíceis, mas essenciais para a obra. A primeira coisa que eu queria fazer era mudar o Prólogo e a idéia inicial que tive foi sobre a chegada de Karolina em Érebus, onde faria um acordo e depois, no Primeiro Capítulo, partiria diretamente para a história de Verne e as motivações de sua busca.
Mas pensei e repensei o conceito e notei que a Primeira Parte da obra era sobre Origens e, como tal, precisava contar e explicar algumas coisas e deixar a trama se desenrolar naturalmente a partir da Segunda Parte do livro – o que, então, ocorreu de fato, no final das contas.
Por esse motivo, imaginei que ‘jogando’ o Prólogo para o passado e relatado uma situação que remetesse e homenageasse algo (idéia que manterei em mais alguns volumes), propositalmente postado ali, pudesse dar o “ar” que NP deveria passar, ou seja, o livro não é só Terror. Não é só Fantasia. É ambos. Por isso o gênero Dark-Fantasy (que Stephen King parece ter explorado bem com o seu A Torre Negra – que está em minha lista de leituras).

Satisfeito com a idéia do Prólogo, fui então estudar Exorcismo. Foram noites árduas e cansativas, mas de conhecimento exótico, que complementava aquela parte do livro.
Depois eu precisava mostrar a origem do protagonista, o cenário onde vive, sua personalidade, outros personagens que o rodeiam e sua motivação: nada mais nada menos que a Morte.
O restante da Primeira Parte desenrolou facilmente, até eu chegar ao capítulo nove, onde uma personagem vidente lê a sorte de Verne. Para isso, eu tive de estudar Tarô e me especificar no Tarô Mitológico e lhe garanto que não foi nada agradável. Tanto é, que o nove foi o capítulo que eu mais demorei a terminar. Tinha simplesmente “enroscado” nele, pelas pesquisas que fazia.
Lembrando que esse capítulo, e específico (e não desmerecendo os demais, de forma alguma), possui simbolismos escondidos nas entrelinhas que ecoaram nos cinco volumes futuros.

A Segunda Parte foi a mais “fácil”, porém a mais trabalhosa, justamente por ser longa. Inicialmente viajando por aquele novo mundo que recriava, eu também usava o “esboço” do livro para reescrever alguns cenários e situações – que se tornaram até mais interessantes do que deveriam.
A cada novo capítulo que escrevia, minha adrenalina subia, com muita ansiedade e satisfação. Nesse meio tempo passei por muita coisa (de fev/07 a mai/08), terminei um relacionamento complicado, iniciei um outro que se tornou uma boa amizade e saí de minha cidade natal, Socorro/SP, para a capital, São Paulo – e, assim como Verne, me senti em um ‘novo mundo’, mais sombrio, difícil e cruel – uma analogia irônica, devo admitir. Passei um longo semestre com mudanças radicais, até me estabilizar no fim do ano passado e iniciar um belo e saudável namoro no início deste.

A Terceira Parte do livro fluiu naturalmente e mais rapidamente, como se a história (assim como seu autor) quisesse logo findar essa reescrita, que durou 1 ano e 3 meses.
Não nego que o capítulo 45, o último da obra (não estou considerando o Epílogo, que é o fim do que já terminou) me emocionou ao escrevê-lo, não só pelo seu conteúdo (que por si só pode, provavelmente, levar alguns mais sensíveis às lágrimas), mas também pelo seu contexto definitivo.

Depois que terminei o livro semana passada, aproveitei para ‘descansar’, como umas ‘férias’ da obra – com colaboração do feriadão que se passou.
Mesmo assim eu não estava parado. A capa está sendo estudada para ser feita pelo Leo (já que o outro ilustrador simplesmente desapareceu), mais desenhos dele dos personagens serão postados aqui no blog dentro do seu tempo, a trilha sonora feita pela Isis vai bem (obrigado!), a comunidade anda bem agitada e uma grande novidade vem sendo feita para uma surpresa em julho, para todos!
Com o livro finalizado, ele já foi enviado para a revisão dias atrás (Gustavo Brauner, que fez um trabalho primoroso no copidesque dos livros do Caldela, da Jambô, cuida de NP), enquanto que eu estudo propostas de editoras e envio para outras (tentar e diversificar nunca é demais).
Refiz o logo (e o assunto sobre isso virará um outro post), estou trabalhando no visual do blog (ainda em fase de testes, mas não será mais como antes) e ando tendo idéias multimídias sobre a obra, que podem dar certo (não sei se todas, mas algumas terão de ‘vingar)!

Em A4 (o famoso sulfite), NP está com 254 páginas, mas em 14x21cm (um formato aproximado da de um livro) ele fica algo em torno de 509 páginas – ainda que esses números possam variar, já que estou lidando com as médias.
Com 606903 palavras, NP tomou parte da minha vida para contar a vida de outro personagem, que vai em busca da vida do irmão.

Mais novidades em breve.
Continuem comigo, porque todos vocês fazem parte desse todo que é o universo de NECRÓPOLIS!

Abraços
E madrugas escuras para todos...

5 comentários:

Sonagandaia disse...

Cara, parabéns pelo livro e pele excelente qualidade das imagens, assim que vemos a dedicação e o empenho por algo e o seu livro está demais pelo que percebí.
Aguardo a noite de autografos!!!

Abraços do amigo!!!

Antonio Carlos

Marina disse...

Fico feliz apenas em ter acompanhado grande parte dessa jornada, sua e de Verne.

Posso dizer que o trabalho árduo e as pesquisas valeram a pena: o primeiro livro já é um sucesso, Douglas.

Estou esperando pelas novidades.

Abraço!

Unknown disse...

Olá Douglas,
Mto bacana teu trabalho. Conheci teu blog através de outros escritores e achei a premissa do teu livro mto interessante. Tbm me aventuro nestas coisas de pena e papel, e estou lançando meu primeiro livro por estes dias.
Tomei a liberdade e add o teu blog na minha lista.
Abraço e mto boa sorte neste teu projeto.

Wilson Rocha disse...

Falar o quê??
Necrópolis já um sucesso, com certeza! E esses lances aê, da madruga, dos relacionamentos... só fizeram com que vc se mantesse fiel aos seus ideais e propósitos.
Um parabéns merecido pra vc, que é um cara esforçado e, sem dúvida nenhuma, merecedor desse mesmo sucesso.

Conte sempre com a gente!

Douglas, Necrópolis, Verne e cia. estarão pra sempre em nossas vidas!

Abração!

Anônimo disse...

olá Doiglas! O que eu devo fazer para vc colokar o link do meu blog no seu blog?
www.lemuryam.blogspot.com